Celebrou-se no dia 3, mais um aniversário do martírio dos Padres João de Deus Kamtedza e Sílvio Alves Moreira, Missionários Jesuítas, assassinados em Chapotera, Missão de Lifidzi, no dia 30 de Outubro de 1985.

Centenas de fiéis passaram a noite em vigília de oração e fizeram memória da vida, obra, morte e fama de martírio dos Mártires de Chapotera. Uma tradição que se vai consolidando com o tempo.

A Missa foi presidida pelo Bispo de Tete, Dom Diamantino Guapo Antunes, e concelebrada por mais de uma dezena de sacerdotes que trabalham nas paróquias da Vigararia da Angónia. Na sua homilia, o bispo de Tete falou dos Servos de Deus como bons pastores que deram a vida pelo seu povo, exemplos a imitar por todos. Vale a pena dar a vida, foi o lema das suas vidas e a herança que nos deixaram

Depois da Missa, um grupo de fiéis da comunidade de Chapotera fez a representação teatral  do martírio dos Padres João de Deus Kamtedza e Sílvio Alves Moreira.

No dia 27 de Outubro concluiu-se o curso anual de formação de famílias de catequistas no Centro Catequético Diocesano São Barnabé e São Paulo de Uncanha, no distrito da Marávia. 

A formação iniciou em Janeiro e concluiu-se em Outubro. 

Na Missa de envio, presidida pelo Bispo de Tete,  9 famílias oriundas das paróquias de Miruro, Zumbo, Uncanha, Fingoè, Mavudzi Ponte, Domuè, Moatize, Matundo e Inhangoma, foram mandadas em missão para as suas comunidades de origem para colaborar na evangelização depois de terem recebido uma esmerada formação bíblico-catequética e litúrgica.

O Centro catequético, situado na margem esquerda do rio Uncanha, na divisa entre os distritos da Marávia e Zumbo começou a funcionar em 2018 e até ao momento já formou 75 famílias de catequistas da diocese de Tete.

Na homilia, Dom Diamantino Antunes, agradeceu a disponibilidade das famílias em terem aceite este desafio de se formarem para melhor formar os outros e servir a Igreja. Fizeram um grande sacrifício de deixar as suas terras e famílias para um tempo de formação em comum com as suas exigências. Agradeceu também a equipa missionária do Centro Catequético - Missionários da Consolata, Clero Diocesano e Irmãs da Imaculada Conceição, pelo precioso serviço prestado à diocese na formação de leigos empenhados e missionários.

As famílias já regressaram às suas terras de origem acompanhados pelos seus párocos. Inicia agora o tempo da missão em que devem colocar em prática tudo o que aprenderam e e vivenciaram no Centro Catequético. Votos de uma fecunda missão.

As Irmãs da Imaculada Conceição, mais conhecidas como Irmãs Diocesanas de Lichinga, são a primeira congregação religiosa fundada em Moçambique. Foram fundadas no dia 8 de Dezembro de 1948, por um Missionário da Consolata, Padre Oberto Abondio, na Missão de Santa Teresinha de Mepanhira, distrito de Mecanhelas, no Niassa.

Em Agosto de 2022, a convite do Bispo de Tete, as Irmãs da Imaculada Conceição iniciaram  a sua presença na diocese, na Missão de Uncanha e mais recentemente na Paróquia de Zumbo.

Ao longo do ano estão celebrando o Jubileu dos 75 anos de fundação nas dioceses onde trabalham em Moçambique: Lichinga, Nampula, Guruè, Beira, Inhambane e Maputo. No mês de Outubro o Jubileu foi celebrado na diocese de Tete em vários lugares e diferentes celebrações. A primeira celebração de acção de graças realizou-se no Domingo, 15 de Outubro, na Paróquia de Nossa Senhora das Graças da Matema. Em seguida, aproveitando a visita pastoral do Bispo de Tete às paróquias de Uncanha e de Zumbo, o Jubileu estendeu-se às comunidades cristãs destas duas paróquias onde trabalham as Irmãs da Imaculada Conceição. No dia 22 de Outubro celebrou-se o Jubileu na Paróquia de Zumbo e no dia 27 de Outubro na Paróquia de Uncanha. Esteve presente a Superiora Geral desta congregação, a Irmã Ermelinda Emílio Singua que aproveitou a ocasião para conhecer a realidade onde as suas missionárias vivem e trabalham.

As Irmãs da Imaculada Conceição têm como carisma a evangelização e a promoção humana, sobretudo a protecção e educação das crianças. É uma congregação nascida da evangelização em Moçambique para colaborar na consolidação da evangelização partindo do Niassa para todo Moçambique. Agora estão em Zumbo. Parabéns Irmãs da Imaculada Conceição. Agradecemos a vossa disponibilidade em virem colaborar pastoralmente connosco no lugar mais periférico e necessitado da nossa extensa diocese de Tete.

De 18 a 27 de Outubro, Dom Diamantino Guapo Antunes, efectuou a visita pastoral às paróquias do Sagrado Coração de Jesus de Uncanha e do Beato José Allamano do Zumbo, as paróquias mais distantes da sede episcopal, situadas na parte mais ocidental de Moçambique, na fronteira com a Zâmbia. Acompanhado pela equipa missionária, Padre Carlo Biella, pároco, Padre Jorge Batissone, diocesano, e o seminarista em estágio pastoral, Martinho Remane, e as Irmãs da Imaculada Conceição, Ermelinda, Ana Paula, Bêtania e Filomena, o Bispo de Tete fez visita pastoral sobretudo ao longo da extensa fronteira entre Moçambique e a diocese de Chipata, na Zâmbia. Celebrou a Eucaristia e administrou o sacramento do Crisma nas zonas de Chimponde, Sikweya, Simbazako e Ntendezi, na Paróquia de Uncanha, e nas zonas de Lifuka, Mphonde, Zumbo, na Paróquia de Zumbo. Deslocou-se também, para conhecimento e troca de experiências, à Paróquia de Manjawatthu, pertencente à diocese de Chipata, situada próximo da fronteira de Moçambique. A visita do Bispo de Tete é importante porque completa e confirma o excelente trabalho que a equipa missionária realiza nesta região distante e periférica da diocese de Tete que durante décadas ficou isolada, sem qualquer tipo de ligação à diocese. Em quase todas as zonas era a primeira vez que receberam a visita pastoral de um bispo. Dom Diamantino Antunes durante a visita pastoral insistiu na necessidades dos leigos continuarem a dar, como sempre o fizeram,  o seu contributo indispensável na obra de evangelização com a abertura de novas comunidades cristãs e consolidação das existentes, sobretudo as de recente fundação. Insistiu na necessidade das famílias e comunidades darem maior importância e prioridade à educação e ao estudo das crianças e dos jovens. Apelou para uma pastoral vocacional que ajude os jovens da Marávia e do Zumbo a decidirem-se por Jesus Cristo e assim iniciar a sua formação para o sacerdócio e a vida religiosa.

Durante a visita pastoral o Bispo percorreu quase 1.000 quilómetros dentro do imenso território dos distritos da Marávia e do Zumbo